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Presidente da Câmara pede que população trate mal os índios em Prudentópolis

O presidente da Câmara de Vereadores de Prudentópolis, Julio Cesar Makuch (PSD), instigou em seu pronunciamento durante a sessão ordinária desta segunda feira (22) que a população do Município trate mal os indígenas que passam periodicamente pela cidade. Makuch assinalou como sendo um problema para o Município, uma vez que eles ficam acampados nas proximidades do Posto de Saúde e que “uma ambulância pode atropelar uma das crianças indígenas que andam pela rua e causar um problema maior para o Município”. 

O presidente disse ainda que procurou a Funai, com sede em Chapecó (SC), e que, segundo ele, o órgão abandonou os indígenas. “A Funai pediu para que Prudentópolis construísse uma casa de passagem para os indígenas, mas me manifestei completamente contrário, pois o Município tem outras prioridades na Educação e na Saúde”, afirmou o presidente. 

Ainda de acordo com Julio Makuch, ele teria recebido a orientação da Funai para que a população não tratasse bem os indígenas, pois eles só permanecem por período maior nas cidades onde são bem tratados. “Faço um apelo para a população, para as pessoas que não querem que os índios permaneçam em Prudentópolis, não devem comprar artesanato, dar comida ou roupa para os índios, pois aí eles não ficam e em dois dias vão embora”, enfatizou. 

Conforme o presidente, ele teria abordado pessoalmente um indígena e teria pedido para que ele deixasse o Município, mas este índio teria lhe dito que somente iria embora depois de quitar uma dívida que ele (o índio) havia contraído em Prudentópolis. “O índio pediu que eu pagasse a geladeira que ele havia comprado. Nossos índios infelizmente estão ficando modernos, digo infelizmente porque a Funai está abandonando eles e eles têm que sair das aldeias para vender artesanato nas cidades”, ironizou o presidente. 

Os índios foram retirados de Prudentópolis e foram levados para a aldeia, com sede em Manoel Ribas. “Resolvemos momentaneamente, mas espero que esta situação seja solucionada definitivamente”, disse Julio Cesar Makuch.

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